Aline Frazão Live Act
18-04-2018 | Música
É um dos nomes sonantes da nova geração de músicos angolanos. Cantora, compositora, guitarrista e produtora, nasceu e cresceu em Luanda, em 1988, e vive actualmente também em Luanda
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De 17-04-2018 até 18-04-2018 | Teatro
Nos próximos dias 17 e 18 de Abril, pelas 17h00, a iniciativa "Há Teatro no Camões" está de regresso ao Audotório Pepetela do Centro Cultural Português em Angola. O certame vai apresentar
13-04-2018 | Festas
Na próxima Sexta-feira, dia 13 de Abril, o conhecido Mega Show das Redes Sociais ruma a Malanje para uma festa que promete ficar na memória. Este especial de uma das festas mais conhecidas e ap...
12-04-2018 | Cultural
Lançada sobre a chancela da Editora das Letras, Elsa Barber apresenta ao mercado nacional a sua segunda obra: “Regras Básicas de Convivência no Ambiente Escolar”. Com uma abordagem diferente
No próximo dia 11 de Abril, pelas 18h30, o Centro Cultural Português recebe o espectáculo de teatro "O Processo dos 50", apresentado pelo Colectivo de Artes Pedro Bélgio, numa evocação
Os artesãos angolanos trabalham madeira, bronze e marfim, nas máscaras ou em esculturas. Cada grupo etno-linguístico em Angola tem os seus próprios traços artísticos originais.
O pensador de Tchokwe é provavelmente a peça de arte mais famosa das criações angolanas, uma obra-prima da harmonia e simetria da linha.
O Lunda-Tchokwe na parte nordeste de Angola é conhecido também por suas artes plásticas superiores.
– Tribo Tchokwe Masculina República de Angola
Em um passado distante, essa máscara era conhecida como Pwo (mulher). A mulher era considerada um modelo perfeito de maturidade, sabedoria e experiência. Com o passar do tempo, houve a necessidade de adaptação aos novos modelos sociais e, agora, essa máscara é conhecida como Mwnaa-Pwo (jovem mulher ou rapariga). Mesmo com os novos padrões que a sociedade está vivenciando, a figura feminina continua com seu poder de validar ou criticar o que for do comportamento da sociedade tradicional cokwe. Como acontece tradicionalmente na grande maioria dos povos bantu, as máscaras são usadas em momentos de evocação e contato com os antepassados entre homens, um culto aos ancestrais. Por isso, Mwana-Pwo é fundamental na vida desses africanos, pois eles a tem como guia para educar e orientar todos.
A associação que fazem dela é uma cerimônia de iniciação masculina. Quando meninos jovens estão em transição da infância para a puberdade, eles são separados de suas mães. Seu uso acontece no terreiro em forma de dança para entreter a comunidade e celebrar essa passagem que os meninos estão passando. E, por ser uma máscara feminina, ela exerce o poder de crítica comentado anteriormente.
As máscaras são feitas pelo artista com traços femininos que ele mesmo escolhe de qual mulher será ou como será, só não pode fugir dos traços que fazem parte do padrão estético da escultura cokwe. Nesse rosto, o escultor procura retratar das complexas representações, simbolismos até a fecundidade. A maneira que o bailarino se apresenta quando está com a máscara – sim, o bailarino – exige uma forma singular para transparecer a elegância feminina, fazendo movimentos mínimos para valorizar os movimentos da parte da cintura por conta da ênfase que precisa dar ao cinto característico da dança ciyanda. Para o povo da aldeia é fundamental que as qualidades femininas consideradas pelos Tchokwe perpetuem: delicadeza nas atitudes, fertilidade, beleza, força da juventude.
Bailarino Mwana-Pwo
Máscara Mwana-Pwo
Na aldeia Tchokwe ainda há as máscaras Kalelwa policromáticas, que são usadas durante as cerimônias de circuncisão. Essa cerimônia acontece na própria aldeia. Faz parte da tradição deles a mudança na rotina dos meninos de dez a catorze anos, quando eles vão para a mukanda (circuncisão). Mas antes de isso acontecer, há toda uma preparação pela qual eles devem passar. Nessa fase pré-operatória, eles aprendem canções, músicas, danças da etnia e trabalho artesanais, sempre ministrados por operadores, ajudantes e professores. Quando há mais de um menino que vai entrar na puberdade, os pais se reúnem para combinar o dia da festa que marcará a entrada de seus filhos na mukanda.
A preparação até o dia da cirurgia é marcado por rituais seguidos de cânticos e uso de peças pelos pais e operadores. Às vésperas da circuncisão, os meninos são proibidos de fazer qualquer coisa que possa causar lesões, pois jamais poderão entrar na mukanda com algum ferimento no corpo. Já no dia da circuncisão, ao amanhecer, o chefe da aldeia, acompanhado de familiares e operadores, vai ao local demarcado para a cirurgia para rezar e pedir aos espíritos que os protejam no momento da operação, afastando qualquer mal, qualquer doença, pra que tudo corra bem. Segundo o site Cultura Lunda-Tchokwe, “tal acção de graças que eles designam de “kusakwia” (agradecer), consiste em tocar com as pontas dos dedos na terra, e em bater as palmas em seguida, acompanhando estes dois gestos com as palavras: “nga byu” (frase de acção de graças)”.
Após a prece, os pacientes são direcionados cada um ao seu local para que a circuncisão seja realizada. Para dar início à cirurgia, o operador-chefe entoa canções, seguido por todos os acompanhamentos. A canção resume-se em:
O operador canta: – “Musaswe, musaswe”.
O coro responde: – “woho! Musaswe”.
A cirurgia é realizada ao choro de familiares e até dos meninos também. A posição que os meninos precisam ficar para serem operados é sentada num círculo capinado com as pernas abertas, braços prendendo seus ombros, membros superiores e cabeça virada para o lado, a fim de não visualizarem a operação, que é feita sem anestesia e assepsia. Assim que acaba a cirurgia, é feito o processo de estancamento do sangue. Os professores têm a função de acompanhar os meninos após a cirurgia para o processo de cicatrização e é seguido ritual de adoração ao sol por mais de um dia.
Máscara Kalelwa
Kalelwa – Uige ndemba – máscara para ritual circuncisão
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